sexta-feira, janeiro 30, 2004

Falava o Imperador, no ardor da batalha

"Há-de salvar-nos, o sermos como as formigas; não nos conseguirão matar a todos".

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Che Guevara parou à beira do rio e chorou

Os grandes revolucionários têm sempre imagem de duros.
O que vou relatar de seguida passou-se comigo em 1963, ia eu com Che Guevara na Sierra Bonita, Bolivia. Quando chegámos a uma parte da floresta, foi preciso seguirmos muito quietos, porque havia rumores de haver um campo militar por perto. O Che, no seu jeito peculiar, deu um caldo ao batedor e isso era o sinal para todos mantermos silêncio rádio. Depois deu dois caldos, o que queria dizer que tinhamos de andar em fila indiana. Cerca de meia hora mais tarde, estavamos todos dentro da floresta virgem, o batedor levou dois caldos, e eu cheguei-me mais ao Che. Por esta altura, o Che gostava de me contar histórias e eu ia escrevendo, na perspectiva de fazer um romance e encher-me de dinheiro. Claro que eu não dizia isso ao Che, porque ele não apreciava os romances, "sou mais revistas do Donald" dizia ele no seu jeito particular, enquanto me dava um caldo. Não é preciso dizer que todo o nosso grupo tinha o pescoços todos vermelhos dos caldos. Os mais vermelhos exibiam os pescoços com vaidade assim que chegávamos a uma aldeia. Seja como for, a determinada altura, entrámos numa zona aberta e aquilo era mesmo lindo. O Che pára. Depois começa a correr e entrou tudo em pânico, tinhamos sido encurralados? Como não se podia dizer nada, começou tudo a correr atrás dele. Até que ele pára à beira do rio, ajoelha-se e arranca uma flor. O que ele gritou nunca mais esquecerei por muitos anos que viva: "É TÃO LINDA ESTA FLOR PARECE UMA CARA!". Ficou tudo a olhar para ele. Eu cheguei-me ao pé dele e dei-lhe um caldo e começamos todos a comentar, realmente a flor parecia-se com uma cara. E foi este o meu episódio com o Che Guevara.


Não há (mesmo) coincidências

Sou das pessoas que acreditam no destino. Costumo ter o que geralmente se chama premonições. Costumam ser vagas e em sonhos, mas acabam sempre por acontecer. De certa maneira, isto levou-me a olhar para a vida sem a violência que algumas pessoas insistem em meter nessa análise. Vejo as coisas com a tranquilidade de quem não luta contra o destino. Não sou passivo (nada de piadas de mau gosto, isto é um post sério), mas nunca tomo atitudes que acho que sejam de rebeldia extrema. Evito pois os extremos, sempre. Isto a propósito de nada e a propósito de tudo. Seja lá por onde der, as coisas equilibram-se, sempre acreditei nisso e um mau compensa-se com um bem, mais tarde ou mais cedo. Se há uma coisa certa, é que a Natureza busca sempre o equilibrio de todas as coisas. Parece-me mal querer remediar, querer lutar contra o imediato, porque ás vezes o silêncio é o mesmo que confiar no destino. Sempre não, mas ás vezes. E confiar no destino é ser abençoado por ele, porque quanto mais ele não nos vir, mais nos olhará com bondade.

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Como lidar com o chefe

"Eis o que fizemos ao nosso chefe. Ele comprou um Cadillac novo, para o qual teve dinheiro devido ao nosso suor e sangue. Como é um sujeito sensível, gabou-se disso ao pé de nós, pois nós não passamos de zeros à esquerda. Já que somos funcionários sensíveis (...) sempre que ele estacionava o seu amado bebé no importante local de estacionamento coberto que lhe era reservado, nós (...) despejávamos óleo para motor no chão por debaixo do carro. (...) ele entrou em pânico e nós pudemos ouvi-lo a gritar coisas sobre os vendedores por todo o escritório. Levou-lhes o carro para arranjar. Deixámos a coisa assentar por 2 dias e continuámos com a pseudo-fuga de óleo. Ele voltou a levá-lo ao vendedor, exigindo-lhe que o arranjassem ou lhe dessem outro em troca daquele. Agora quer processá-los. Contei-lhe que sabia de um óptimo mecânico que, pelo preço certo, garantia que podia arranjar o carro".

In "Como é Bom Trabalhar - Manual de instruções do Dilbert para encontrar a felicidade à custa dos colegas"

Um arrepio de frio

Grandes buxos cinza, no crepúsculo de nevoeiro confuso, inundam os meus olhos.
Deixado atrás, pelo acordar dos seres, um rasto doce a martírio, como a manhã que nasce.

Doze promessas feitas ao nascer do sol. Por debaixo da cascata. De sorriso fechado.

Na beira de estrada, há erva que deixa subitamente de crescer e no céu em cinzel expressões divinas que não consigo deixar de adivinhar.

Não há nada no céu. Não há nada no céu?

Um gamo pára no meio do campo pejado de flores.
Ouve-se um grito distante de um lobo sem ameaça.

No monte mais distante há ruínas de uma fortaleza estranha. A muralha sucumbiu, mas, pristina, um centro angélico permanece - capela de tecto dourado mas sem estátuas e sem dedicação.
Se entrares, molha-te com seiva nas mãos e deseja teres nascido diferente, sem ser preciso respirar.

Magistrais caminhos abandonados, deixados à humidade.
Por ali não passa a luz, muito menos os corpos.
Por ali passa o lobo. Por ali passa o gamo. Em tempos diferentes. A morte e o prisioneiro.

Ahhhh...

Devo ter naufragado, mas não me recordo...

Aqui perdido em pé. A ver. A tremer sem medo.
A água introduz-se nos meus ossos, e sinto um grande, enorme, imposssível... arrepio de frio.

terça-feira, janeiro 27, 2004

A leitura de "Passarinho que canta ao sol" por Alberto C. Ínico

Acabei de receber um email que muito me honra, de um grande critico da nossa praça, de seu nome Alberto C. Ínico. Quem não se lembra dos seus comentários mordazes a livros como "A Biblia", chamando ao Novo Testamento "uma sequela ao pior estilo de Hollywood, com um Jesus à Bruce Wilis"; ou por exemplo à queda da Ponte de Entre os Rios dizendo "é o que dá a mania dos portugueses andarem sempre em fila uns atrás dos outros".

Fica aqui um excerto do comentário, que de novo só posso agradecer.

"Passarinho. Começa logo mal, é passarinho, é abichanado. (...) ainda se (...) fosse Passarinha (...). Quem canta alegremente, geralmente é da classe superior, pois bem que enquanto ele canta, algum pobre pássaro chora. (...) lingua vermelha é uma "comunice" descarada e do mais filho da (...) que pode. A alegoria rebuscada da pátria comuna (lingua vermelha) a cantar a sua propaganda facizante (cantar alegremente) a um povo oprimido (o lilaz, como é do conhecimento comum foi usado pelos rebeldes do Suriname na revolução silenciosa de 1923) e esperançoso num futuro melhor (o bico dourado) abisma pela vulgaridade, embora esteja gira. (...) ele cantava mas era ao (...). O sol simboliza Mao Tse Tung claramente (...). As crianças, se fogem é por estarem a ser perseguidas (...) por Mao dirão uns, pelo Bibi outros (...), seja como for a sua fuga desesperada (erguem os braços ao sol) sugere o pessimismo existencialista do abandono sacramental do eu no vazio do universo. (...) "Não se pode cantar sem sorrir", é de novo uma referência comuna aos campos de trabalho e ao cooperativismo. (...) e aquele cheiro doce, indicia o uso de substâncias suspeitas, tão queridas aos movimentos radicais de esquerda. Não admira que todos cantem e corram, que até parece que não há amanhã...".

Mais uma vez agradeço a visita gentil do Sr. Ínico ao meu humilde Blog, assim como o seu comentário (extenso) que muito me sensibilizou e ao qual apenas consigo responder talvez com um caloroso: Chupa-mos.

"Passarinho que canta ao Sol" - uma prosa poética

Passarinho, Ó passarinho de belas penas lilazes.
Um dia aproximei-me e ele cantava alegremente, a sua lingua vermelha e o seu bico dourado.
Passarinho, porque cantas?
Ele disse-me que cantava ao sol.
As suas belas penas reflectiam o sol em mil tons de azul.
Fiquei a olhá-lo, sem dar pelo tempo a passar. O passarinho cantava a vida, cantava ao sol.
Pasarinho, porque continuas a cantar?
Enquanto há sol, há vida pela terra e todo o movimento da natureza no seu esplendor.
Crianças chegam alegres. O seu riso junta-se ao do passarinho que canta ao Sol.
Achas que ele está a sorrir?
Não se pode cantar sem sorrir ao mesmo tempo. É a alma que elogia o calor do Astro Rei.
As crianças correm pelo campo, em volta da grande árvore. Os seus pequenos braços erguem-se como os seus ramos alto e tentam tocar os raios de luz.
Há um cheiro doce no ar e apetece fechar os olhos.
É assim que cheira a felicidade?

(dedicado à Helga, a pessoa mais sensivel e amante de passarinhos que eu conheço)

segunda-feira, janeiro 26, 2004

In memoriam

Dizia o F. Pessoa que cedo morrem os amados dos deuses.
Eu não conhecia o Féher, nem tinha por ele especial admiração, mas ontem vi-o morrer.
Hoje pensei que não é suposto vermos alguém morrer assim, em frente de milhões de pessoas. A morte sempre se esconde, nas casas, nas morgues, debaixo de um lençol e debaixo da terra. O que mais me chocou foi ter de ver a morte e penso que foi isso que chocou toda a gente.
Ele era atleta profissional, ganhava bem e morreu correndo o risco que sempre correm os atletas, o de ir além dos limites do corpo.
O que faz pensar realmente é se a morte devia andar tão escondida de nós...

domingo, janeiro 25, 2004

Amor-Ódio

Odeio.
Odeio a necessidade de ti.
Para me vingar, hei-de ser - permanentemente - sozinho em mim, mesmo contigo.

Porque tenho de te ter a ti?
Odeio. Odeio-te por teres de existir para mim.
Para me vingar, serás sempre mais do que apenas amada. Serás odiada por mim.

Odeio a necessidade de ti.
Ando sozinho dentro de mim e fora, tu estás sempre presente.
Mas dentro, dentro de mim, andarei sempre sozinho.
É esta minha vingança que ainda me faz sorrir, quando penso o quanto te odeio, por precisar de ti.

Pensas que sou teu?
Eu não sou de ninguém, nem de mim próprio.
Sou um espasmo sem paternidade, osso partido na distância, grito sem som e sem eco.
Sou o vazio de que o vazio é feito e nesse vazio, a porção mais fria e inesperada.
Ser teu? Deixa-me rir. Deixa-me troçar do teu coração aberto.
Ninguém é de ninguém... não o sabias?

Eu canto a sombra, como a ave da manhã.
Mesmo no leito a teu lado.
Os meus olhos são desespero quando penso e tu... nada.
Há povos perdidos no meu andar, ciganos com as pernas doridas de não ter pátria.
Grandes exércitos no silêncio das armaduras, em passo certo e ritmado sem inimigo.

Eu choro o destino pelos candeeiros de ferro.
Mesmo quando te dou a mão.
O meu sorriso esconde pavorosas descobertas sentimentais.
Falham em mim as grandes religiões e sinto as dores dos profetas desesperados.
Percorre-me na espinha a dor de todos os orfãos... mais... a dor de todas as mães...

Achas-me triste quando estou sério.
Mas não sabes que estou mais triste ainda quando brinco contigo?

Todo o sorriso é uma afronta ao universo meu amor.
Uma gargalhada, uma simples gargalhada condena-te eternamente.
Ousaste ser feliz. Ousaste ser melhor do que os deuses.

"A punição eterna de quem sabe é a morte em vida".

sábado, janeiro 24, 2004

Hoje é o Dia Mundial de Bater num Estranho

É verdade.
Nem parece que já passou um ano..
Já bateste num estranho hoje? Ainda não? Ainda vais a tempo. Eu hoje de manhã, acabado de sair da pastelaria, ainda com um bocado de Croissant a cair do canto da boca e a ser sugado para dentro, apanhei um puto dos seus 15 anos distraido e dei-lhe um murro - daqueles com a ponta dos dedos e com toda a força - onde acaba o braço e começa o ombro. Deve ter ficado com uma nódoa negra linda.
Contirbuam todos, porque são estas tradições que nos unem mais uns aos outros. Sem as tradições, o que é o homem senão um animal desgarrado e condenado à solidão eterna?
Vá, bata num estranho hoje!

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Destroce! Destroce! Já bateu.

Adoro aqueles autocarros grandes e compridos, tipo lagarta, que se dobram nas curvas.
Mas como será estacionar uma coisa daquelas...?

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Quem é o Yuri

O Yuri é uma pobre alma de Leste, vinda - como tantas outras - ao nosso país na busca incessante da felicidade, mas que - como tantas outras - acabou a fazer serviços de assassino contratado e segurança. Yuri Provalenko, nascido numa aldeia pequenina a 149 km de Cracóvia, tinha 1,70 aos 14 anos e gostava de meter os colegas da escola de cabeça para baixo para ver as cabeças ficarem vermelhas. Eventualmente passou a fazer o mesmo aos colegas da fabrica da Skoda. A mãe disse para ele tirar um curso, mas a vida não é fácil quando nos chamamos Provalenko perto de Cracóvia, não perguntem porquê. Em busca de coisas melhores, Yuri veio para Portugal pendurar pessoas de cabeça para baixo, mas sempre pode mandar uns trocos para perto de Cracóvia, onde a sua mãe recebe fotos suas, com as pessoas de cabeça para baixo e diz á avó surda «É O YURI! ESTÀ EM PORTUGAL!!!», ao que a avó responde: «Portugal? Isso é perto de Cracóvia?».

Nuno dos Reis

Olhando para a minha mão, jaziam lá 3 moedas e pensei... porque não se falsificam mais moedas? Quer dizer, deve ser fácil, aquilo nem tem marca de água nem nada. E moedas de 2 euros ainda é massa pá. Mil moedas de 2 euros são... er... e vão 7... são para lá de uma fortuna. Deve ser dificil depois de trocar na mercearia ou no café. "Ó vizinho troque-me aqui estas mil moedas de 2 euros por notas se fachavor". "Tão brilhantes". "Tão, tão... vá lá a despachar que ainda me reformo antes de você acabar de as contar".

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Quem matou Diana, Princesa de Gales

É verdade, nem eu me posso abster de comentar no assunto da morte da Diana (ou Santa Diana para os mais fans que a comparam a Madre Teresa de Calcutá, ignorando o facto de ela ter tido 17 amantes em 10 anos de casamento e de ter um vestido diferente cada vez que saia à rua enquanto a Madre era casta, andava vestida de trapos e dava tudo aos leprosos).
Não me vou alongar muito, até porque o assunto não me interessa nada. Era mesmo só para mandar ao ar uma teoriazita que me passou aqui mesmo agora ao pé. Como mais vale descarregar do que ficar com as coisas entupidas - já me chega a úlcera que ando a apanhar no emprego - cá vai, sem medo do MI5 ou do MI6...
Fala-se muito de um Renault 5 vermelho que terá dado um encosto à princesa (salvo seja). Mas ninguém encontra a porra do carro, nem se sabe mesmo se havia um carro, mesmo com provas de tinta no Mercedes preto.
O que é pouco conhecido é o facto de o primeiro carro da Rainha Elisabete II ter sido um Renault 5.
Quando ela fez 18 anos, pediu ao pai para lhe comprar um carro. Mas o pai disse-lhe: "Beta, não te vou sustentar toda a vida, por isso quero que te dessenrasques pá, desenmanha-te sozinha". A Beta lá foi e tal a pensar, e chegou à conclusão que tinha de ir trabalhar (aargh!) pra ganhar pró carro, senão tinha de andar a penantes e uma rainha a penantes parece que não é má onda... Então lá arranjou um emprego no McDonnalds de Picadilly Circus. Mas ela e o trabalho... não dava. Só trabalhou um mesito e pouco e foi despedida por estar sempre a dar ordens aos outros empregados e a exigir que eles lhe fizessem uma vénia e mai não sei o quê...
Resumindo a coisa, ficou com money só para uma coisa humilde. Quando foi ao stand, o vendedor disse-lhe: "com isso só mesmo... aquele Renault 5 vermelho de 1981". E lá foi ela, sempre eram umas rodas.
Anos mais tarde...
Ela queria dar cabo da Diana, porque pronto, não a gramava. E não podia ir de Bentley Real a dar encostos, dá muito nas vistas. Atão á noitinha... saiu e meteu-se no Renault 5 (aperta um bocado a cabeça com a coroa, mas pronto) e foi atrás da Diana, deu-lhe o encosto e estava no Palácio nem o Marido tinha dado por nada. Em rigor ele não dá por nada há anos, mas pronto...
Provavelmente os MI5 e 6 e tal vão negar. Mas parece-me que é demasiado escandaloso para ficar na sombra dos segredos reais. A Beta é uma grandessissima assassina.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Memória

"Quem se lembra de ti é porque te ama".

Este é um tributo que nunca vais ler.
Uma lengalenga dita baixinho, crepita a fogueira para esconder o frio, numa noite de aldeia sem luz, sem movimento a não ser o do vento que sopra sempre na mesma direcção.

A tua pele escura, que tocava com os meus dedos em ferida... quantas noites agora passam por debaixo dos lençois que não nos tapavam e eu lamento o passado por ter de ser passado. A tua pele escura, toco-a, quando fecho os olhos.

Aquela que eu não soube amar...

Eu era todo de ti sem o saber. Como o rio não sabe que pertence ao leito e continua a correr para a morte no mar. Quem lhe dissesse regressa... ele não poderia regressar, não poderia arrepender-se por não saber como...

ahhh... eu era todo em ti e não havia medo. Eu era todo em ti, na tua pele escura, nos teus olhos claros. Eu era todo em ti e agora não sou nada em ti. Agora não sou nada sem ti.
Onde estás? Sei onde estás, mas quero saber-te perto de mim.

Eu que era todo em ti.
Eu que fui todo em ti.
Porque hei-de continuar a chorar por ti...

Doi tanto, mas doia-me mais nunca te ter conhecido.

Um conselho para os joves

Se forem a uma repartição de finanças apinhada em dia de entregar o IRS, não se ponham na bicha para perguntar onde é a casa de banho. Principalmente só para ouvir dizer que está fechada por causa de vandalismo dos velhos. 6 horas perdidas para sempre, é o que é...

domingo, janeiro 18, 2004

Hum...

Hoje quando ia a correr em Belém, a tentar - sem sucesso - apanhar duas corredoras em sugestivos tops brancos - pensei porque não usam esta técnica nos campeonatos mundiais de atletismo.
Porque raio é que, por exemplo. nos 10 000 metros não usam como lebre uma corredora com calções de licra e top com a barriguinha firme à mostra?
A ver se não se batiam mais recordes do mundo assim. Era tudo atrás dela!

sábado, janeiro 17, 2004

As pequenas coisas

Estou a escrever e a ouvir uma música de que gosto. Pensei que podia escrever sobre coisas pequenas. As coisas que faço e com as quais não gasto tempo. porque nunca penso no tempo que passo com elas.
São coisas que aniquilam o tempo.
A vida vale pelas pequenas coisas que nos fazem sorrir e pela quais nos podemos sacrificar plenamente. Ter alguém de quem se gosta é uma coisa pequena. Ver uma coisa engraçada na rua e sorrir é uma coisa pequena. Ter um trabalho de que se gosta é uma coisa pequena. Ouvir música bela, ou ver uma coisa bonita, são coisas pequenas.
São as coisas pequenas que nos fazem felizes, aos poucos.
As coisas pequenas são passageiras. Mas duram no coração enquanto vivem. E nós vivemos com as coisas pequenas.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Moonlight Hotel

Pela manhã a lua deita-se numa cama de rosas.
Sentidos de perfume nas mãos,
um doce acordar para todos os pássaros.

Ouve-me chegar lua alta.
Com asas carmin acordam-se medos por
baixo, muito por baixo da terra,
que gritam em horror de caverna aberta ao sol.
Sabes...?

Moonlight Hotel.

Certos olhares destroem civilizações.

Como aquele olhar.

A mulher que são todas as mulheres,
encostando ao bar a seda de sangue.
Murmuramos sempre.
Bichos fiando com a vida,
esgotando para o fio o coração,
ficando brancos,
cada vez mais brancos,
até morrer.

A morte é o que passa dos olhos verdes.
Sempre a morte,
pesa-lhe como um vison gasto nos ombros,
como um vison gasto.... nos ombros...
A morte.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

1000 visitas

Pois é aproxima-se (e provavelmente já deve ter passado) a visita número mil.

Eu devia ter uma bicicleta ou uma coisa qualquer para oferecer, mas não há nada.
O tio é pobre e não pode estar a dar coisas do bolso não é? Vocês compreendem.
Mas é como se tivesse uma bicla para dar. Com uma fitinha colorida e tudo.

Provavelmente é tempo de agradecimentos outra vez. Deixa lá puxar da cábula...

A senhora Madalena da contabilidade, que tem mantido este blog no preto. Parece que é bom estarmos no preto, eu não sei, ela é que é tecnica de contas... Obrigado a ela.
Ao Andrade do estacionamento, por deixar entrar os sobrinhos com os skates. Ahm Andrade, esta foi irónica, não sei se percebeste. Estou a elogiar, mas na realidade não estou. A ver se atinas...

Mais a sério, nunca pensei estar aqui tanto tempo. Está a ser giro e enquanto não me queimo a sério e fico a babar do canto da boca, é aproveitar.
Por isso, se uma trombose não me parar, havemos de chegar ás 2000!

Vivó exercicio!
Vivó Blog!
Vivó Mussolini... oops...

terça-feira, janeiro 13, 2004

Tortura Medieval - Uma sombra gótica

Há coisas estranhas. Aqui há uns tempos, torturavam pessoas em masmorras húmidas, para lhes extrair confissões, e não, não era tortura por reumatismo, era mesmo coisa à séria. Não sei porquê, acho giro o papel do torturado, assim da perspectiva do cineasta/argumentista/mania que é artista.

Numa masmorra escura e húmida - como qualquer boa masmorra - corria a Idade Média lentamente, ouviram-se subitamente gritos horrorosos que reverberaram nas paredes de pedra corroída.

Torturado: «NÃOOO!! NÃOOOOO!!! NÃO!!! PIEDADE!!!»
Carrasco: «AHAHAHAHAHAHAHAH (tosse) AHAH»

Há um ruido horrivel no ar, uma mistura de correias estridentes, de animais enjaulados a gritar, de ferro a bater em ferro, uma coisa mesmo execrável e desumana para se ouvir, mais parecendo ruidos do funcionamento da mais malvada, mais iniqua, mais terrivel e espantosamente diabólica máquina de tortura alguma vez inventada.

Torturado: «TENS DE PARAR! PÁRA!!!! NÃO AGUENTO MAIS!!!»
Carrasco: «Mais dois minutos!»
Torturado: «Não, eu confesso tudo! Eu confesso tudo mas pára!»

Vê-se a mão peluda do carrasco, envolvida numa meia luva de cabedal, que mostrava os dedos ossudos, a deslocar-se lentamente para o aparelho, muito lentamente.... até carregar no Stop do leitor de CDs com o Best Of da Celine Dion.

Torturado: (desmaia em suor)
Carrasco: (murmurando para si próprio) «Ás vezes penso se ainda sou um homem... consigo já ouvir isto quase sem sentir o seu efeito mortal...»

O torturado acorda subitamente, com um grito.

Carrasco: «Atão pá!? Quebra de tensão?»
Torturado: «Foi... ando numa dieta, só como ensopado de cabra sem sal»
Carrasco: «Pois é, depois é isto, desmaias assim do nada, uma vergonha...»
Torturado: «Epá não digas nada a ninguém, se a minha familia sabe...»
Carrasco: «Não sei... não sei... sempre a gritar Pára! Pára! Assim não dá...»
Torturado: «Epá, eu juro que não grito mais ok? Epá, é que fique aqui já ceguinho!»
Carrasco: «Ouve lá como sabes que vais ficar ceguinho? O Joel falou contigo? Eu avisei o gajo pra tar calado com o que lhe tinha acontecido aqui. Ainda não me viram zangado é o que é...»
Torturado: «És o maior pá. A sério. Não era torturado assim há... nem sei, pá, há meses!»
Carrasco: «Tás a dizer isso só pra m'animar...»
Torturado: «Podias era afrouxar aqui as grilhetas... parece que não isto aperta...»
Carrasco: «Olha afrouxar as grilhetas... eu vejo filmes pá. É eu chegar ai e levar na cabeça, nah nah nah»

O carrasco liga novamente a Celine, agora a volume 10. O torturado, sem poder gritar - afinal era um torturado que mantinha as suas promessas - cerrou os dentes e tentou pensar em Norah Jones ou er... Norah Jones não, que é pouco melhor... pensar em Robbie Williams... eh... também tanto mal não pode ser... deixa-o lá com a Dion, que pelo menos com essa ele sabe o que conta...

És esquisite...

É giro quando alguém te diz: "tens um humor peculiar". Quando se ouve sorrimos, mas depois começamos a pensar... "peculiar?". Mas que raio... "peculiar" quer dizer exactamente o quê? "peculiar" porque é bom ou "peculiar" porque é mau, ou "peculiar" porque é maléfico e mal intencionado, ou... bem, seja como for, "peculiar" é o mesmo que esquisite... Tens um humor peculiar, quer dizer és esquisite... ok... sou esquisite e agora? Agora nada, és esquisito, conforma-te. Move on. E pronto. Ficamos assim com este humor "peculiar" e somos esquisites, sem ter nada a dizer sobre o assunto.

domingo, janeiro 11, 2004

Será que pensam como eu?

Não odeiam, de manhã, quando queremos vestir as cuecas e enfiamos o pé mesmo no meio em vez de só num dos buracos?

sábado, janeiro 10, 2004

Conferência de Imprensa do BCE sobre as taxas de Juro para o 1º Semestre de 2004

Numa sala de conferência, a sala Atlas do prédio do Banco Central Europeu em Frankfurt, Jean-Claude Trichet, presidente do Banco dirige-se à imprensa Europeia e mundial, com o tema da possível subida das taxas de juro inter-bancárias.

Jean: «Estamos a viver um tempo de recessão económica, de...»
Assessor: «De crise»
Jean: «Sim, de crise, mas com esperança próxima na recuperação...»
Assessor: «Na retoma»
Jean: (tapando o microfone) «Gustave, cala-te já, vai para o carro»
Assessor: «Mas pai!!!»
Jean: «Carro!»

Gustave Thuram-Patrice, Vice-Presidente para as er... Actividades er... Extra-Europeias... levantou-se e foi cabisbaixo para o banco de trás do Mercedes SL 600 preto do pai.

Jean: «Como eu estava a dizer...»
Um jornalista: «Afinal vão subir as taxas de juro ou não???»
Outro jornalista: «Temos de ir almoçar pá»
Ainda outro: «Ouvi dizer que apareceu outra carta da Diana...»
Jean: «Nah nah nah, esperem! Eu digo!»

Jean troca uns papéis com uns assessores, rapidamente e limpa a garganta

Jean: «Citando o NOTORIOUS B.I.G. na sua canção de 1997, Mo Money Mo Problems, eu diria simplesmente ", you know ain't nuttin change but my limp Can't stop till I see my name on a blimp". A economia europeia vai crescer baby, no shit yo.»
Jornalista: «Charles Anton, Sun-Times. Mas isso significa exactamente o quê?»
Jean: «Bigup Charles do Sun-Times. Bitch sabes que eu quero dizer? "True pimp niggaz spend no dough on the booty And then ya yell there go Mase there go your cutie". Ou seja, menos despesismo nas contas públicas, babies, menos money on the booty...»
Jornalista: «Carlos Fino, RTP, isso quer dizer que a situação em BAGUEDADE não vai influir na retoma?»
Jean: «Respect Carlos my main man! "I don't know what, they want from me It's like the more money we come across The more problems we see". Tás a ver o meu dilema, o meu problema... o meu, quebra cabeçema?»
Jornalista: «Mas afinal e as taxas de juro?»
Jean: «Yo bitch, já lá vamos sim, acalma os chifres pá. "Bruise too much, I lose, too much step on stage the girls boo too much". Achas que é fácil um economista francês arranjar rabo hum?»
Jornalista: «Arranjar... rabo?»
Jean: «Se não fossem os bling bling nigga! Sheeet! Eu chego e digo "You must be used to me spendin And all that sweet winin and dinin Well I'm fuckin you tonight". B.I.G. rest in peace».
Assessor: «Acho que podemos ficar por aqui. O Sr. Presidente precisa de descansar!»
Jean: (agarrando-se ao microfone): «You bitches, Hoes! "Girl you look fine, like a windface Rolex, you just shine I like that waistline". Tu aí!»
Jornalista: «Francesca Serena, Corriere de la Sera. É verdade que a sua secretária está grávida de 5 meses e que o filho é seu?«
Jean: «O papá é fértil, é vires cá a cima e veres por ti própria. OH YEAH. "Let me hit that from behind, which wall you wanna climb My styles genuine, girl I love you long time"! Faço-te gemer toda a noiiiiteeee!!!».

Grande rebuliço na sala. Francesca tenta subir ao palco, mas é impedida por Carlos Fino que lhe aplica o golpe beduino secreto que aprendeu em BAGUEDADE

Jean: (a chorar em cima da mesa): BIGGIE!!! WHY DID HAD GONNA DIE AND LEAVE US ALL BEHIND!!!!!»

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Imperador Motoqueiro

Ok... acabei de ver um documentário sobre gladiadores na televisão. Há uma cena em que o Imperador entra na escola de gladiadores, com a sua armadura de peito dourada e... capacete debaixo do braço. Eu só pensava: «Deves ter deixado a tua mota lá fora» lol

6

Estalam cordas.
A menstruação que doi como azia aos homens.
A rapariga que se toca pela primeira vez
Sulcos finos e húmidos.
Lábios mordidos como maçãs verdes.
Esfregar os olhos para passar o comichão.
Esticar os braços por cima da cabeça,
Para adormecer a dor de costas.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Já alguma vez levaram uma tampa Feng Shui?

«Acho que a minha vida seria mais harmoniosa se saisses da minha casa»

Para os amantes de gatinhos

Para quem gosta mesmo de gatos (como eu) este screensaver, chamado Cats & Quotes é essencial. Simplesmente genial, ao ponto de ficarmos à espera que o ecrã fique preto para o ver (sim, eu sei que se pode activar, mas prefiro esperar :-P

terça-feira, janeiro 06, 2004

Como seria se o enteado do comandante Palmeira fosse controlador aéreo

Manhã fria no Aeroporto da Portela.
Ás 7H43, Zé Jaquim entrou ao serviço e dirigiu-se aos seus colegas do sector de handling com a singela frase: «Atão hoje há coisa boa que se veja pa nós caralh*!?», enquanto uma sandes de coiratos se desfazia na sua boca aberta.
Mas não, não havia nada que se visse, caralh*. As novidades estavam na Torre de Controlo, onde o enteado do comandante Palmeira, o Vitor, tinha sido contratado como novo controlador aéreo, apesar de ter aprendido inglês a ver o Kung Fu.

Chefe controlador: «Tráfego, Vitor, J802, Japan Airlines»
Vitor: «Hum?»
Colega: «Aquilo a piscar no ecrã»
Vitor: «Fite controle rello or automatique preçure checking balance, J802, cambio»
J802: «AHM???»
Vitor: «I repite, fite controle rello or automatique preçure chequing balançe, J802, cambio»
J802: «This is J802, can you repeat your instructions, bad reception, over»
Vitor: «Acho que eles estão com problemas com o rádio, ó Costa?»
Costa: «QUI È?»
Vitor: «Como se faz quando há problemas com o rádio?»
P933: «This is P933, British Airways, requesting landing on runway 2002»
Vitor: «P933 pilize uait a minute for quelaringue of preoçedure of cleasure»
P933: «Say again Portela?»
Vitor: «I repite, pilize uait, minute, quelaringue proçedure cleasure, tank u. ò Costa, isto está tudo marado pá!»
Costa: «Tou feito com este gajo. Tenta o UHF»
Vitor: «UHF? Hoje ninguem trouxe UHF, o Tó trouxe Celine Dion...»
J802: «Portela, we're low on fuel, please advise»
Vitor: «Ah, J802, pilize olde posiche 800 pies, olde posiche»
Colega: «Tens outro em rota de colisão»
Vitor: «Hum?»
Colega: «A outra coisinha a piscar, que vem na direcção da outra a piscar»
J802: «Portela, there's traffic in radar ahead, please advise with urgency!»
Vitor: «Ok, J802, du note panique, turne round demi tourne 180 degris, aroud, over»
J802: «What??? 180 degrees? Are you fucking mad?»
Chefe controlador: «Vitor, está tudo bem?»
Vitor: «Tudo chefe. A Senhora Palmeira manda cumprimentos»
Chefe controlador: «Ah sim? Como está ela?»
J802: «PORTELA! MAYDAY! MAYDAY!»
Vitor: «Lá vai andando, desde a operação das hemorroidas que não é a mesma sabe»
Chefe controlador: «Pois, eu bem a avisei. Eu prefiro andar mal sentado do que ir nisso»
J802: «AHHHHHHHHH...........(silêncio)»
Vitor: «J802, quelire for landingue runai 102, tu taxi clusure ciring over»
J802: «(silêncio)»
Vitor: «Já devem ter aterrado. Mania das pressas. Qualquer dia há um acidente»
Costa: «Ainda tens o P933 pá!»
Vitor: «Ó Costa dá-me uma ajuda, como se diz pode aterrar na pista 2002 em ingles?»
Costa: «É: Your rigth engine is on fire, please flush your fuel and land at once at sea»
Vitor: «P933, pilese yo rite engine fire pilise fulush fuél ande lande at onse se, tank u»
Costa: (fazendo sinal de ok e piscando o olho)

No horizonte, duas enormes bolas de fogo iluminavam a tarde escura.
Não se via movimento, a não ser dos carros de bombeiros e da equipa do Zé Jaquim que ia tentar ver se nos destroços havia alguma coisa boa que se visse caralh*!!!

domingo, janeiro 04, 2004

A nova 2

O segundo canal da RTP vai ser remodelado (outra vez).
Uma ideia boa, era reformularem também alguns programas clássicos. Darem um ar de novidade e juventude à coisa, arriscarem um bocado.

Por exemplo: tornarem o "Como disse? Como disse?", um pequeno apontamento que fazia parte do Acontece, num programa Reality TV.
Vejamos como seria um bocadinho da coisa...

Fade in para o repórter com o microfone na mão, numa avenida da Lisboa

Repórter: «Vejamos o que têm a dizer os portugueses. Hey!!! A senhora ai!»

A câmara vira abruptamente, focando uma senhora com sacos das compras.

Senhora: (com medo) E...e...eu?
Repórter: (a gritar) «Sim! A senhora! Já viu o Como disse? Como disse?»
Senhora: «Não vejo muita telev...»
Repórter: «Não interessa! A SUA opinião é importante!»
Senhora: «Ai...é?»
Repórter: «Queremos fazer-lhe uma pergunta sobre CULTURA! Gosta de CULTURA?!?»
Senhora: «É que... tenho de ir fazer a sop...a? Cultura?»
Repórter: «Sim, CULTURA!»
Senhora: «Cultura? Das hortas é?»
Repórter: (rindo) «COMO DISSE? COMO DISSE?»

Pan para a cara do repórter que se ri da senhora.

Pan para a senhora

Repórter: «Como acha que se diz: o Zé tinha poucos mais rebuçados ou o Zé tinha mais poucos rebuçados?»
Senhora: «Quem é o Zé?»

(momento de silèncio, em que o repórter olha para a senhora sem dizer nada)

Repórter: «Como disse? Como disse?»
Senhora: «Disse, quem é o Zé?»
Repórter: (sorrindo para a câmara) «Não, não. É suposto escolher uma das duas»
Senhora: «Das duas? Mas não é só o Zé?»

Pan para duas pessoas que se aproximam e ficam a ver o que está a acontecer

Pan para a senhora com os sacos ainda na mão

Repórter: «É mais poucos? Ou poucos mais? Vá lá!»

(passa um puto que grita: PEDE A AJUDA DO TELEFONE!»

Senhora: «Eu estou a conhecer a sua cara...»
Repórter: «A minha cara? Não... Não... diga... se é pouco mais ou...»
Senhora: «Ai senhor Jorge, gosto tanto do seu pograma. Vejo sempre!»

(saem dois beijinhos ao repórter)

Repórter: «Eu não sou o...»
Senhora: «Tem um ar tão másculo, com aquele cabelo á prisioneiro de guerra»
Repórter: «E a pergunta que lhe fiz, hum? Podia responder»
Senhora: «Qual era a pergunta Sr Jorge?»
Repórter: «Pouco mais ou mais pouco!??? DIGA! PORRA!»
Senhora: «Posso pensar? Ai estou tão nervosa!»
Repórter: (furioso) «Esqueça! Agora não!»
Senhora: «Perdi? Fico com os 500 euros é?»
Repórter: «Isso é outro programa sua retardada mental»
Senhora: «Ahhh não me diga. Mais poucos programas bons há como esse digo-lhe já»
Repórter: «COMO DISSE? COMO DISSE?»
Senhora: (dando um passo atrás) «Er... mais pouc..os?»
Repórter: (dando uma cabeçada na senhora) «DISSE MAL! DISSE MAL!»

Zoom out para uma brutal cena de pancadaria "todos contra um", com repórter, assistentes de produção e pessoas que iam a passar a molhar a sopa, que acaba com a senhora a sangrar insconsciente na calçada, patés La Piara e sumos do continente espalhados à sua volta.

Pan para o repórter

Repórter: «Vamos tentar outra pessoa. O senhor! O senhor aí!»

Pan para um homem que estava parado, ainda a dar um último pontapé na cara da senhora e que começa a correr para fugir e desaparece por uma esquina com o repórter na perseguição.

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Não sou materialista

Eu não preciso de muito, meus amigos, eu sou daquelas pessoas que ficaria contente só com uma cabana e uma gaja boa.

quinta-feira, janeiro 01, 2004

Um post sentimental

Andam os Blogs todos húmidos ultimamente. Anda tudo sentimental, a lembrar-se do ano que morre, do novo ano que nasce.
Nos funerais e nos nascimentos há sempre lágrimas (francamente nunca percebi aquilo de chorar nos casamentos...).
Eu não quero fugir ao choro e por isso quero falar um pouco de vocês. Sim, vocês! Sim, também tu aí, menino orfão sujo e com fome, anda cá, pró pé de nós, do quentinho. Também tão perto não, cheiras mal...
Abracem-se todos. Principalmente as raparigas. Sim, tu com o decote generoso, anda cá mais pró pé do papá.
Quero falar da maravilha que é as pessoas lerem os nossos pensamentos mais intimos e ainda assim não nos chamarem malucos (na cara pelo menos). Quero falar da maneira como afinal, todos pensamos nas mesmas coisas, porque só assim se explica que achem graça ao que escrevo, que eu ache graça aos que vocês escrevem.
Áqueles que ainda não escrevem, estão à espera de quê? Sim, tu também, rapariga de decote generoso! Tu consegues!
Queira só que soubessem que nada derrota a irmandade que nasce de coisas sinceras, que falam ao coração. A paz, a honestidade, tudo o resto, só vem depois da sinceridade. Nunca deviamos ter medo de ser sinceros, como as crianças. Sim, podemos sair magoados, tens razão lutador de luta greco-romana com o olho fechado, mas e depois? Vale bem a pena o risco, porque por cada nódoa negra, há um beijo intenso que faz nascer flores. Ai que gay que isto soou...


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