domingo, janeiro 30, 2005

O resto é conversa

Se Deus fala a linguagem da matemática, não admira que ninguém perceba nada do que ele diz.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

I Got Your Fuffly Right Here!



A maior parte dos gajos dos Gangs têm nicknames como Bullet and Trigga ou Maddog.

Mas se tu fosses realmente duro,
Devias sobreviver com um nick como Fuffly ou Candy.

Aí sim, se via se um gajo tinha mesmo fibra de duro!

segunda-feira, janeiro 24, 2005

E tu, és um Bastardo?

Clicar aqui para não seres um bastardo!


sexta-feira, janeiro 21, 2005

Uma infância nas ruas da minha cidade

Quando eu era um miúdo,
eu brincava estranho ao mundo,
nas ruas desenhadas na carpete velha do corredor.
A carpete cobria todo o corredor estreito,
do principio do quarto dos meus pais,
até onde começava a sala de jantar.
Perto da porta do meu quarto eu deitava-me,
ou às vezes ficava de joelhos no chão,
a conduzir os pequenos automóveis que
comprava em dia de feira,
domingos quentes em que ia de mão dada
com a minha mãe.
Descíamos escadas ingremes,
que eu não conseguia fazer degrau a degrau,
e depois apareciam as tendas,
e a maior, à direita,
vendia pequenos carros,
em pequenas caixas de cartão ou plástico.
Tinha alguns preferidos.
Um Oldsmobile branco - o carro normal.
Um Mercedes SL600 - a limusina.
Uma Camioneta branca de excursão.
Os outros serviam apenas para estarem estacionados,
eram estes três que se movimentavam,
nas ruas e intersecções,
fazendo curvas apertadas por entre os pormenores de cor,
disparando a velocidade proibida por cima do rendilhado arabesco.
Como era enorme,
enorme, aquele campo...
Avenidas sem fim, que eu olhava com os olhos perto do chão,
imaginando histórias para ocupar o espaço vazio do condutor.
Abrindo as portas do Mercedes a dignatários sem o ser,
vendo passar o Oldsmobile para o agarrar e lhe ler o ventre,
descobrir o modelo exacto,
a data, o país e a escala.
Por momentos o segredo desvanecia,
e eu pensava como seria conduzir realmente aquele carro lá fora.
Mas isso era um devaneio.
O que interessava realmente possuí-lo?
Eu tinha tudo o que queria nos meus dedos de criança:
O destino de uma cidade sem prédios,
de gente sem rosto,
feito tudo só de movimento,
tudo impregnado de sonho.

Lembro-me que num Natal me ofereceram um prédio.
Uma garagem de plástico, com vários andares.
Tinha uma oficina e um elevador.
Vejo-a agora à minha frente.
Mas nada era como a carpete velha,
os meus carros baratos de feira,
com as portas já entortadas pelo uso,
pintura lascada pelas colisões,
nada.

Agora que olho para o escuro do corredor estreito,
tão estreito...
penso que ainda brinco ali a um outro tempo,
sem pensar que há mais realidade do que a imaginação,
mais preocupações do que arranjar um lugar de estacionamento,
ou fazer a curva com a camioneta,
sem bater - sequer de raspão - no precioso Mercedes verde.
E um sorriso nasce na minha cara.
Sincero e tranquilo.

Ainda não me esqueci.

domingo, janeiro 16, 2005

Do You Know Why?



sábado, janeiro 15, 2005

Nebulae



Cada vida um infinito de estrelas incandescentes,
que se ignoram umas às outras,
pendulares e sem som.

Dentro de mim existe um universo maior do que os universos exteriores.
Uma grande massa incorpórea que existe por mim na irrealidade de si mesma.
Estrelas sucumbem nos meus humores variantes.
Enormes nébulas formam-se num piscar de olhos.
Inteiros planetas colidem quando eu bato com o ombro em alguém no metro cheio.

Devastação inaudita num esgar de olhos.
Eu criador-destruidor de raças sem o saber.
Eu Deus sem Deus. Perdido.


quinta-feira, janeiro 13, 2005

Aqui mesmo

É bom este sitio.
Aqui escrevo sem obrigação.
Mas não é um papel.
Este sitio é indefinido.
É algo no meio de algo mais.
Um interlúdio doloroso.
Meio caminho entre a caneta e o papel.
Tudo o que surge é.
Inacabado, na forma.
Completo no rabiscar inocente.
Não sei porque gosto deste sitio.
Mas não sinto a obrigação.
Não tenho de escrever.
Ninguém aqui existe com voz.
Surjo e desapareço.
Quando quero.
Quando não quero.
Mas sou só eu.
Uma música cadenciada.
Million Town, K&D Sessions
Gosto da música que não acaba.
Que acaba para começar para acabar.
Não faço sentido.
Não tenho de fazer sentido.
Sinto-me liberto de obrigações.
Azul na tranquilidade do momento.
Aqui é bom, é pacífico.
Aqui é a definição de um estado transitório gelado.
Há frio, mas há vida.
Há gelo, mas calor de movimento mais acima.
Não há som.
Não tenho de fugir.
Posso regressar, como a uma casa.
Eu que nunca tive uma casa.
Às vezes apetece fechá-la, para que fique eterna em memória.
Levar a chave no bolso imaterial.
Senti-la a bater na carne das pernas.
Agitada como eu.
Intranquila nos passos.
Um dia talvez.
Um dia tudo passa.
Enquanto isso.
Aqui mesmo.
Aqui mesmo é onde eu vou fechando os olhos cansados.

domingo, janeiro 09, 2005

Road trip

Go nowhere, as fast as you can.

Put some Swell on. Whenever you're ready.

Sweet dreams.



Salta para o Cadillac descapotável e vê-a desprender os cabelos.
Sente o suor na camisa suja e põe o acelerador a fundo,
na estrada que acaba no horizonte em pó.

É um dia novo, todos os dias.

And some of us feel like some of us've been forgotten...

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