sábado, janeiro 15, 2005

Nebulae



Cada vida um infinito de estrelas incandescentes,
que se ignoram umas às outras,
pendulares e sem som.

Dentro de mim existe um universo maior do que os universos exteriores.
Uma grande massa incorpórea que existe por mim na irrealidade de si mesma.
Estrelas sucumbem nos meus humores variantes.
Enormes nébulas formam-se num piscar de olhos.
Inteiros planetas colidem quando eu bato com o ombro em alguém no metro cheio.

Devastação inaudita num esgar de olhos.
Eu criador-destruidor de raças sem o saber.
Eu Deus sem Deus. Perdido.


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