Zero INFINITO

quando ele chegou era um estranho para os seus olhos.
hoje ele parte um rei nos seus corações.

mas não é este o mesmo homem?

Como cheguei aqui? Onde estou?

É tudo tão pacífico nos meus olhos molhados.
Sinto-me flutuar nos recifes, sentidos pendurados dos ramos altos.

É tão bonito tudo isto em meu redor.
Um silêncio profundo feito de cores.

A luz que desce soturna à profundidade do ser.
Aquecendo lentamente... muito lentamente...

Está demasiado calor para correr.
Ontem à tarde em Belém não se podia de tanta humidade e de tanto calor.
Os pulmões deram de si e lá tive de fazer o ultimo terço em confortável passo acelerado, para não ter um Fehér.

Também não há férias para ninguém.
Para dizer a verdade, só uma vez pude tirar férias e fui cromo e preferi o dinheiro do que as férias.
Mas tirar férias para quê? Para ir para um sitio ainda mais quente? Se calhar para o Pólo Norte, para refrescar.
Era fixe. er... ou melhor, era cool :-)

A vida das pessoas famosas não é, ao contrário do que se possa pensar, uma coisa fácil, só cheia de glamour e dinheiro.
É com este propósito - de mostrar que os famosos também sofrem - que passo a transcrever um excerto de um dia na vida da Nossa Senhora de Fátima.

A Nossa Senhora de Fátima - Fati para os amigos (olhó expresso pró Inferno, sem paragens!) - sai do seu apartamento de luxo, na rua do Rosário n.o 91, ali ao pé do Santuário. Veste uma roupa desportiva, T-Shirt branca da Guche, calça de ganga da D&G, boné a tapar a cara, com os cabelos negros em rabo de cavalo e sandálias.

Fati vai ao café Céu da Boca para comer a sua torrada e o seu sumo de laranja natural, que há que ter cuidado com a linha.
Fati: (em voz baixa) "Santas manhãs".
Sr. Armindo: "NOSSA SENHORA DE DEUS!".
Fati: "Fati, já lhe disse para me chamar Fati. E fale mais baixo homem!".
Sr. Armindo: "Desculpa sua Santidade Excelência".
Fati: "Fati".
Sr. Armindo: "Sua Santidade Excelência Fati".
Fati: "Era uma tor..."
Miúdo sardento: (a puxar pelas calças D&G): "A senhora é a Nossa Senhora de Fátima?".
Fati: "er... não miúdo. Olha, porque não vais brincar para a rua?"
Miúdo: (a gritar enquanto se vai embora) "Mãe, tinhas razão, ela é mesmo uma vaca gorda!"

(Pausa para o autor do Blog se benzer e rezar fundo. er... respirar fundo).

Fati sai do café para fazer o seu stepezinho nas ruas de Fátima, desviando-se de vendedores e turistas de calções, com as caras muito encarnadas.

Turista #1: "Olha é mesmo parecida com ela..."
Turista #2: "Será que...?"
Turista #1: "Desculpe, a senhora é...?"
Fati: "Porra pá! Não se pode andar sossegado na merda desta terra!"
Turista #2: (silêncio)
Turista #1: (silêncio)
Fati: "What??? Lá por ser santa não me posso chatear é? Não sou feita de cera!"
Turista #2: (silêncio)
Turista #1: (silêncio)
Fati: (assinando as T-shirts dos turistas) "Tá bem... pronto. Tomem lá"
Turista #1 e #2: (a cantar) "SENHORA! SENHORA! É a maior!"
Fati: "Pronto, pronto. Chega.
Turista #1: "Cante-nos só um bocadinho!"
Fati: "Não, não. Agora de manhã... a garganta..."
Turista #2: "Vá lá. Viemos do Fundão. 5 horas de caminete, sem ar acondicionado nem nada..."
Fati: "Pronto, pronto, só um bocadinho." (a cantar) "Avé Mariaaaaa, cheia de graçaaaa... bendita SEJASSSS OH YEAH entre as mulheeeeressss. NAH NAH NAH"

(estou a sentir-me puxado para baixo e um calor estranho...)

Turistas #1 e #2: (Palmas e assobios)

A Fati depois costuma ir almoçar a um snack tranquilo ao pé do museu da cera.
O seu prato favorito são pataniscas de bacalhau e uma imperial. Prefere tirada à pressão, ou então Superbock, mas de preferência à pressão, que sai com mais espuma e não sei quê.

Sr. Marcos: "Olhá Fati! Sai uma de pataniscas!"
Fati: "Comé Sr. Marcos, tudo?"
Sr. Marcos: " Tudo".

(isto é mesmo só uma ficção. Já estou mesmo a ver o meu Juizo Final e Deus a mostrar os slides de eu a escrever esta porcaria lol. C'mon... aquilo era a brincar, era segunda feira e eu não tinha vontade de trabalhar pá. Sempre a cuscar nos outros também...)

Fati: (bebericando na cerveja) "Merda pá! Esta cerveja está quente!"
Sr. Marcos: "Troca-se já isso, no worries. E são 2 pais nossos pela asneirada".
Fati: "Engraçadinho. Vê lá se queres que eu diga à tua mulher que vais ter com a Sandra do mini-mercado às Terças ao pé dos caixotes do lixo"
Sr. Marcos: "er... hoje o almoço é por conta da casa".
Fati: "Assim, já estás a piar melhor".

Depois do almoço, segue-se uma passagem pela manicure.

Manicure: "Ai Fati os teus foliculos melher!"
Fati: "Que queres, não tenho tempo para cuidar deles"
Manicure: "É o que eu te digo sempre, se ligasses mais a ti e menos aos outros..."
Fati: "Não quero falar disso"
Manicure: "Desabafa, só te faz bem"
Fati: "Alguém me perguntou se eu queria ter um filho? Não. Chegaram e pumba, agora estás grávida. Eu queria ter uma carreira, podia ter sido actriz ou advogada. Mas não, agora tens de cuidar do salvador da humanidade e mai não sei o quê".
Manicure: "Desabafa. Faz bem aos foliculos"
Fati: "Casava-me aos 35, tinha um filho dois anos depois, um BMW descapotável. Eu já tinha tudo planeado. Mas não... tens de engravidar, eu sou o Arcanjo não sei das quantas e pronto! E eu? EU!!!"
Manicure: "Agora tens de te ir embora. Tenho outra marcação às 3"

Como é dia de folga, Fati passa pela barragem para um solzinho.

Veraneante #1: "Hey!"
Veraneante #2: "Hey, está tudo escuro!"
Veraneante #1: "Quem está a mexer com o sol???"
Veraneante #2: "Porra. Deve ser a Nossa Senhora. Eu tenho uma sorte. Cada vez que venho para aqui aparece o raio da mulher a desviar o sol e a pôr o sol a dançar. Não deve ter mais nada que fazer".
Fati: "Eu ouvi isso!"
Veraneante #2: "Desculpe Nossa Senhora"
Fati: "Põe-te de joelhos e que isso não se repita!"
Veraneante #2: "Sim Nossa Senhora".

Depois de mais uma refeição ligeira, geralmente um churro e uma lata de cerveja na barraquinha da Dona Isilda das Farturas, Fati segue para a night. Fati tem por hábito engatar jovens da àrea de Leiria-Fátima e levá-los para noites de sexo tresloucado, envolvendo corda e chicotes, depois das quais ela adormece num coma alcoólico e de drogas pesadas. Ou então vão conversar para um sitio tranquilo e ficam a olhar a lua cheia até adormecerem nos braços um do outro.

Fati: "Hey, é uma cerveja!"
Barman: "Fati. Já bebeste o suficiente hoje, porque não vais descansar um coche minha!"
Fati: "Dá-me a porra da cerveja senão eu parto-te ao meio com um raio!"
Barman: "Não bebes mais hoje. Vês como tu estás?"
Fati: "DÊEM-ME DE BEBER! EU PARTO A MERDA DESTE BAR TODO, SEUS CHULOS!"

(silêncio sepulcral. Param todos e ficam a olhar para a Fati enquanto esta se apoia no bar e vomita para os sapatos de um gajo ao lado dela. Faz o dedo a todos e vai-se embora. Antes de sair baixa as calças e bate nas nádegas duas vezes).



Adenda ao post:
Noticia do Correio da Manhã de 27 de Julho de 2004: "Jovem fulminado por raio no escritório sofre horrivelmente antes de morrer".

Porque é que as pessoas são sempre possuídas pelo Demónio ou por assassinos?
Porque é que não podemos ser possuídos por pessoas fixes que já morreram?

Costuma dizer-se que os calados são os piores.
Por esta lógica, os piores ditadores deviam ser todos mudos.

Por vezes sinto-me impotente. Como a luz morta que abandona uma torre no fim do dia.
Os meus sentimentos esmorecem lentamente, enquanto o calor se dissipa. Costas de um corpo virado para o sol que morre.

Sinto-te alta numa torre.
Torre porque esquecimento.
Torre porque negridão.
Torre inacessivel.

Fosse eu diferente e este abandono ia-me assustar da presença desta amálgama de ferro e vidro, obra estranha à natureza e estranha aos homens, apenas familiar ao meu coração de mágoa.
Mas eu não sou diferente. Eu fico sempre à sombra das torres, conhecendo intimamente as suas sombras mal afiadas, os seus olhos por janelas de escitório onde trabalham pessoas que não têm braços para onde regressar depois do dia de trabalho.
Há algo de assustadoramente belo neste cume industrial, neste cume de metal.
Todos os prédios me falam quando os olho. Há em todas as contruções o inexplicável de serem construções.

Sinto que desfaleço.
Sinto que desvanece em mim o calor, para uma noite de luzes apagadas à espera de novo acordar.
O meu coração é um trabalhor cansado, amarelo fruste, sucumbindo às luzes fluorescentes pálidas no tecto.

Mas só me apetece olhar.
Só me apetece o silêncio de sentir o vento que fustiga as arestas suaves.
Só.
É assim que me conforto, na paz tímida do segredo.

Há na torre que sinto com as mãos, a história de todas as desilusões.
Eu não quero chorar, mas ficar assim, diluído em não existir no mundo.

Aquele bonequinho dos avisos de saída de emergência.
Ele nunca consegue sair pela porta, mesmo com a seta lá a indicar.
Deve ser uma frustração...

Os gajos do Raggae, o ppl rasta, para eles o Raggae deve ser tipo dance music a abrir.
A nós é que nos soa a musica lenta, porque eles, como andam na passa, aquilo deve soar a abrir na cabeça deles.

Que estardalhaço é este em volta do Google? Dizem que quando entrar em bolsa vai fazer dos fundadores bilionários, que é uma empresa de muitos biliões de dólares.
Aquilo deve ser das páginas mais pobrezinhas da net, só tem uma imagem a dizer Google e uma caixinha de texto...
Não deviam enganar assim as pessoas.

A João mandou-me uma sugestão para post que versa sobre as baleias.
Parece que um senhor chamado Fisher (ok...) quer retomar a caça às baleias.
Lá vem a Greenpeace a correr e a mandar vir, que não, que as baleias estão bem sossegadas, deixá-las estar.

Afinal as baleias servem para quê?
E a Greenpeace?
Um gajo acorda, quer caçar umas baleias e não pode, vem a Greenpeace.
Qualquer dia um gajo compra uma lata de atum, vai a abrir, sai um pequenito da Greenpeace lá de dentro a gritar.

Eu até sou a favor de proteger o planeta. Mas meus amigos, proteger sem ser melga.

Não podiam pendurar pinheiros verdes daqueles que se usam no retrovisor do carro, mas gigantes, nos candeeiros?

Aqui ao pé de onde trabalho, há muitas casas à venda.
Mas os preços meus amigos, é uma coisa exorbitante.
Numa das casas à venda, pode-se ler:

VENDE-SE
967 718 138

967 milhões de euros por uma casa??? Dava para comprar uma urbanização!!!

A Sr.a Elsa Raposo lançou o seu site oficial na Internet.
Como estudioso amador da carreira da Elsa, fui cuscar.
Escrevi www.elsaraposo.com e preparei-me para começar a gozar com ela. Mas... não é que o site até está bem construido, elegante, com bom gosto. Uma gatinha já me tinha dito que a Elsa na realidade era uma pessoa frágil, que tinha dificuldades em lidar com a fama que acabou por ganhar. Parece ser mesmo o caso.
Aconselho vivamente que vão ao site e leiam por exemplo a secção "sobre mim". Encontrei ali uma biografia muito bem escrita - em momentos tocante - por uma pessoa que é claramente sensível e nada loura. Uma boa surpresa portanto.
Resta se calhar fazer uma vénia à Elsa, para ver se me redimo de a ter tomado pelo "face value" e não pelo que ela tem dentro, que parece mais bonito e emocionante.

Resta no entanto a perturbadora questão de ela aparecer sempre, mas mesmo sempre, em todos os números de todas as revistas do coração em Portugal. Uma questão a que prometemos voltar num futuro muito próximo...

Passo #1
"há mais coisas na terra e no céu do que sonha a tua filosofia"

Passos #2 - #21
"estás realmente vivo e já terás nascido?"

Passo#22
"há menos coisas na terra e no céu do que sonha a tua imaginação"

Acabadinho de chegar: o Susilo Bambang Yudhoyno não conseguiu maioria absoluta dos votos na primeira volta das eleições na Indonésia.
Mas Bambang mostra-se confiante dizendo: "para mim, tanto Wiranto como Megawati têm fraquezas e forças, e na politica tenho de estar pronto para competir na segunda ronda, contra um destes candidatos".
Depois de proferir estas palavras, o General fumou um timorense e riu-se em altas gargalhadas.

Olá. Tempo livre e internet dá outro post. lol

Já fizeram uma pesquisa no Google pelo vosso nome?
Eu descobri que:

- Sou Mestre em Arqueologia Pré-histórica (classificação Muito Bom) e director do Museu de Conímbriga
- Sou Professor Universitário de Hidrologia no Técnico, escrevendo trabalhos interessantes como: "Análise e métodos de cálculo de caudal"
- Sou Mexicano e descentente de um senhor chamado José Alejo Perez.
- Sou um estudante universitário de Agronomia que anda metido nas tunas e joga rugby a 2.a linha (seja lá isso o que for)

- Sou, e esta é a mais chocante! Um ESCUTEIRO! NÃOOOO!!! Ainda por cima daqueles que vão em actividades ao ar livre a rezar: é seguir o belo do link: http://agr76moita.no.sapo.pt/activ_alc/actividades2.htm

Anda tudo no mundo do atletismo com a conversa dos mínimos. É os minímos disto, os mínimos daquilo, já atingi os mínimos, estive quase a chegar aos mínimos...
Eh pá, se ir aos Jogos Olimpicos é uma questão de minímos eu já lá estou.
Se há alguém que faz os minímos possiveis sou eu pá. lol
"Oops... Não. não. Estava só a escrever uma coisa na Net patrão".
"Quem é a Net? O patrão não conhece".
"Pois, é lá do bairro de drógados onde eu vivo. É de lá mesmo. É a Anete Madalena. A Net".
"Se a Net quer fazer o relatório? Não deixe, que eu faço. Ainda hoje começo isso, lhe juro, caia já aqui redondo ao chão melher"
"Cruzes canhota qué chata. Gorda".

Olá, o meu nome é Nuno e hoje descobri que até nem é mau andar devagar com o meu carro.
Gostei de ver a paisagem, olhar para o rio na Marginal e deixar os outros passar.

(salva de palmas)

Será que os pássaros sorriem quando cantam canções de felicidade?

Sim, é verdade. Achavam - e com razão - que já era tempo de eu falar nisto.
Trata-se enfim de uma tragédia, ou melhor possivel futura tragédia, que pede rápida e atempada análise.

O facto é que na Indonésia 153 milhões de pessoas estão a eleger um novo presidente.
Entre os possiveis vencedores está um senhor de nome: General Susilo Bambang Yudhoyono. O homem não se chama General, não vamos por aí, e pronto os outros nomes dele também são a modos que esquisitos.
Mas eu chamava a atenção para o nome do meio: BAMBANG. Vão eleger alguém chamado Bambang para presidente de um dos paises mais violentos do mundo? Há ppl muita maluco pá.
What's next ? O Santana Lopes, que nem presidente do Sporting conseguiu ser, a primeiro ministro?

la... la... la... la... acho que não há problema em atravessar aqui... la... la... PLOFT!