quarta-feira, junho 22, 2005
Repórter atira ácido à cara de Pedro Abrunhosa
Um repórter apontou o seu microfone a Pedro, antes da sua actuação na Feira de Arronches, em que Abrunhosa ia ser o número de abertura para os Diapasão.
Numa partida com alguma graça, o microfone era falso e deitou um jacto de ácido para a cara do conhecido entertainer.
Pedro Abrunhosa revoltou-se.
"Estou aqui a dar-te uma entrevista e a responder às tuas perguntas e tu fazes uma coisa destas? És um parvalhão pá. Inacreditável".
Numa partida com alguma graça, o microfone era falso e deitou um jacto de ácido para a cara do conhecido entertainer.
Pedro Abrunhosa revoltou-se.
"Estou aqui a dar-te uma entrevista e a responder às tuas perguntas e tu fazes uma coisa destas? És um parvalhão pá. Inacreditável".
sábado, junho 18, 2005
For a better mood
sexta-feira, junho 17, 2005
Diário
...pousou lentamente o seu Diário...
O meu Diário tem páginas marcadas a sangue.
Como o aquele livro emprestado e devolvido com medo.
Mas cada vez menos o abro,
cada vez menos sou sincero com ele.
O meu Diário morre comigo, lento, cadenciado,
animal ferido numa pata,
a gangrena não é verdadeiramente ainda uma ameaça,
mas vai sê-lo um dia, um dia tarde demais.
Um velho de meia idade olha de lado para uma miúda,
toca-lhe no ombro, esconde a libido detrás da gravata,
sacia o desejo agitando as mãos, não é ele.
A vida é uma doença enorme, que te invade o corpo,
que desce e sobe e ocupa, que sufoca e se faz tudo.
Por isso tens de ser carinhoso para os animais.
(se fores bom para os animais, a vida não te...)
Algures isto é uma verdade.
Algures isto torna-se uma verdade.
Algures há vida também,
........há corpos também,
...........há quem olhe e vislumbre,
..............não interessa que não tenha braços.
a vida assombra-te e quando morres dela a cura deixa-te vazio.
O meu Diário tem poucas páginas.
Nada de importante alguma vez aconteceu.
Um dia perdi tudo o que tinha escrito e pensei que fosse algo de importante,
para escrever no meu Diário.
-não era importante-
não há força para o lamento.
energia para levantar o olhar.
no meio do mar, a grande capital está
dormente no azul-verde do fundo das caraíbas
os seus habitantes afogados vezes sem fim
nas memórias do que poderia ter sido
e eu sou todas as suas respirações ofegantes
quando me preocupo
todas as suas vozes a apagarem-se
quando me perseguem.
queria ter coragem para desistir,
mas sou demasiado cínico para não ver
que depois do nada,
depois do tudo,
a solução é final,
a solução é aproximada,
maldição
a solução é insuficiente.
O meu Diário tem páginas marcadas a sangue.
Como o aquele livro emprestado e devolvido com medo.
Mas cada vez menos o abro,
cada vez menos sou sincero com ele.
O meu Diário morre comigo, lento, cadenciado,
animal ferido numa pata,
a gangrena não é verdadeiramente ainda uma ameaça,
mas vai sê-lo um dia, um dia tarde demais.
Um velho de meia idade olha de lado para uma miúda,
toca-lhe no ombro, esconde a libido detrás da gravata,
sacia o desejo agitando as mãos, não é ele.
A vida é uma doença enorme, que te invade o corpo,
que desce e sobe e ocupa, que sufoca e se faz tudo.
Por isso tens de ser carinhoso para os animais.
(se fores bom para os animais, a vida não te...)
Algures isto é uma verdade.
Algures isto torna-se uma verdade.
Algures há vida também,
........há corpos também,
...........há quem olhe e vislumbre,
..............não interessa que não tenha braços.
a vida assombra-te e quando morres dela a cura deixa-te vazio.
O meu Diário tem poucas páginas.
Nada de importante alguma vez aconteceu.
Um dia perdi tudo o que tinha escrito e pensei que fosse algo de importante,
para escrever no meu Diário.
-não era importante-
não há força para o lamento.
energia para levantar o olhar.
no meio do mar, a grande capital está
dormente no azul-verde do fundo das caraíbas
os seus habitantes afogados vezes sem fim
nas memórias do que poderia ter sido
e eu sou todas as suas respirações ofegantes
quando me preocupo
todas as suas vozes a apagarem-se
quando me perseguem.
queria ter coragem para desistir,
mas sou demasiado cínico para não ver
que depois do nada,
depois do tudo,
a solução é final,
a solução é aproximada,
maldição
a solução é insuficiente.
quinta-feira, junho 16, 2005
Jackie Chanteado
Kung Fu Zão Martial Arts.
Ou a arte de pisar adversário, quando ele salta com o antigo movimento da Escola do Sapo.
Um filme inclassificável.
Dá para rir, para ficar horrorizado, para ficar assustado, desapontado, enternecido...
quarta-feira, junho 15, 2005
I'm gonna stop pretending that I didn't break your heart
Do novo excelente disco dos Eels, intitulado Blinking Lighs and Other Revelations.
Podem ouvir uma amostra escolhida a dedo clicando aqui.
Podem ouvir uma amostra escolhida a dedo clicando aqui.
O meu Manel anda metido na erva!!!
terça-feira, junho 14, 2005
Ele visitará os seus devedores na desportiva
EL COBRADORE DEL CALÇONE BERMUDA
domingo, junho 12, 2005
Ridículas Febres
[...]
Tanto tempo,
Tanto tempo.
Sempre parado,
Sempre ausente.
Um fim de tarde na quinta,
Sentado na sala de jantar a olhar,
Sempre a olhar para o relógio de parede,
Relógio solene e escuro.
Com os olhos a arder,
Baixa o sol lá fora,
Detrás da janela alta,
Detrás das sebes,
Das videiras,
Dos caminhos,
Dos poços,
Dos monstros.
Tanto tempo,
Tanto tempo.
Sempre parado,
Sempre ausente.
Um fim de tarde na quinta,
Sentado na sala de jantar a olhar,
Sempre a olhar para o relógio de parede,
Relógio solene e escuro.
Com os olhos a arder,
Baixa o sol lá fora,
Detrás da janela alta,
Detrás das sebes,
Das videiras,
Dos caminhos,
Dos poços,
Dos monstros.