domingo, fevereiro 27, 2005
Amor de Mãe - um diálogo pre jogging
«Tem cuidado a correr, ao atravessar a rua. Se bateres num carro telefonas logo para o telemóvel»
«Eu não levo o telemóvel quando vou correr»
«Mas pedes a alguém para ligares para o telemóvel do teu pai e nós vamos logo ter ao hospital»
(a virar a esquina) «Então tenho de ver se bato num carro de alguém que tenha um telemóvel»
«Eu não levo o telemóvel quando vou correr»
«Mas pedes a alguém para ligares para o telemóvel do teu pai e nós vamos logo ter ao hospital»
(a virar a esquina) «Então tenho de ver se bato num carro de alguém que tenha um telemóvel»
sábado, fevereiro 26, 2005
Quem quer o PP que é tão bonitinho e limpinho?
O Vice-Presidente do CDS/PP, António Pires de Lima, disse que o partido estava a passar por um período de "nojo", de luto.
Entende-se a mensagem do VP.
O PP está mesmo a passar um período de nojo, porque ninguém quer pegar no partido.
Estão todos com nojo de pegar no PP.
Volta Paulo, estás perdoado (not!)
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Incorpora o teu mal
Pus-me a pensar se eu realmente tenho respeito por qualquer coisa.
Eu que fiz pouco da Nossa Senhora de Fátima.
Eu que gozei com o Pai Natal.
Eu que me meti descaradamente com a Irmã Lúcia.
Não se brinca com Deus, já diziam os meninos do Gato Fedorento.
Não é falta de respeito gozar com coisas religiosas. É mesmo uma questão prática. É que a Nossa Senhora não me pode processar, porque é santa e a Irmã Lúcia, olha, chapéu, está morta e fria e não há advogado que lhe valha agora!
Eu que fiz pouco da Nossa Senhora de Fátima.
Eu que gozei com o Pai Natal.
Eu que me meti descaradamente com a Irmã Lúcia.
Não se brinca com Deus, já diziam os meninos do Gato Fedorento.
Não é falta de respeito gozar com coisas religiosas. É mesmo uma questão prática. É que a Nossa Senhora não me pode processar, porque é santa e a Irmã Lúcia, olha, chapéu, está morta e fria e não há advogado que lhe valha agora!
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
InnerEye
O jovem pegou num livro com uma capa branca, sem nada escrito. Nada. Ziltch. Niente. Começou a folhear como quem fuma desesperado à chuva, com a lua a subir. A mesma lua vista do outro lado do mundo, por uma rapariga que colhe peras com os braços feridos pelos ramos finos. A história não fala ao coração. Há um estrangeiro que persegue uma mulher que conheceu no táxi, partilhado desde o aeroporto. Falou-lhe de se conhecerem e havia pêlos de gato no assento de vinil. Não é necessário dizer que o trajecto foi desconfortável. Lembrou-me algo passageiro, como um rebocador em Nova Iorque. Não lhe interessava remotamente que as cores do prisma fixado no topo de secretária se acendessem quando entrava em casa e acendia as luzes. «Tudo é controlado desde longe», pensou. Onde estava não era onde queria estar, a maior parte das vezes. A loucura é quando te levas demasiado a sério. O jovem perdeu o livro durante três dias. Não o conseguia encontrar por muito que procurasse. Então alguém lhe tocou à porta. Tinha o casaco sujo da chuva e os sapatos limpos. Pêlos de gato na lapela e um chapéu de feltro cinzento prateado. Não, ele não conhecia ninguém por esse nome impronunciável. Nem lhe interessava. No entanto tudo fazia sentido naquele universo e era altura de avançar mais um degrau. Talvez tivessem lugar para ele noutro sitio. Fechou a porta. O livro estava na mesina ao lado do candeeiro de pé alto. Pegou no livro de capa branca, mas não conseguia ler. Estava demasiado velho agora, e os olhos vermelhos não desenhavam as letras, apenas fantasmas. As sombras da noite insinuavam-se pela janela fechada. Era tempo. Pegou no livro. Começou a ler. Pensou como as coisas começavam e acabavam subitamente. Inertes e sem energia. E havia sempre alguma coisa por detrás. Mesmo nesta colónia penal no espaço. Pegou no livro. Começou a ler.
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
Take a chance you stupid ho
What if they say that you're a climber
Naturally, I'm worried if I do it alone
Who really cares, cause it's your life
You never know, it could be great
Take a chance cause you might grow
Naturally, I'm worried if I do it alone
Who really cares, cause it's your life
You never know, it could be great
Take a chance cause you might grow
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
私の日本の庭
As coisas falam-me no seu silêncio, como as pessoas.
terça-feira, fevereiro 15, 2005
A Irmã Lúcia está morta?
«A Irmã Lúcia está morta?», deve ter sido a frase que a pobre senhora ouvia todos os dias de manhã, na sua cela.
Não estou a dizer que a quisessem morta, mas para alguém que é um ícone religioso em vida, é complicado andar a passear sem mais nem menos, mesmo na clausura de um convento de Carmelitas.
Vamos revisitar o último dia da Irmã Lúcia neste mundo de pecadores.
Irmã #1: (abrindo a porta da cela) «A Irmã Lúcia está morta?»
Irmã Lúcia: «Bom dia para ti também pá»
Irmã #1: «Ai desculpe Irmã. Era só para ver se a Irmã está morta»
Irmã Lúcia: «Ainda não foi hoje. Até me estou a sentir bem disposta e tudo»
Irmã #2: «Então, a Irmã Lúcia está morta?»
Irmã #1: «Nope...»
Irmã #2: (a sussurrar) «Porra»
Irmã Lúcia: «Então o que é o pequeno almoço hoje? Há bacon & eggs?» (ri-se)
Irmã #2: «IRMÃ LÚCIA! AINDA BEM QUE ESTÁ VIVA!!!»
Irmã Lúcia: (a rir-se) «Bacon a eggs...»
Irmã #1: «Sim Irmã. Tem a sua piada. Bacon a Eggs... Sim senhor».
Irmã #2: «Há 50 anos que diz a mesma piada de manhá, já cansa».
(a Irmã Lúcia toma um duche, lava o cabelo com Head & Shoulders e sai para a missa da manhã)
Madre Superiora: «Onde está a Irmã Lúcia?»
Jardineiro: «Não sei. Ainda não a vi hoje»
Madre Superiora: (a cruzar os dedos) «É hoje. É hoje»
Jardineiro: «É hoje o quê?»
(numa cela na cave)
Irmã #3: «100. Pelo menos 100!»
Irmã #4: «100? Porra. Só tenho 50. Toma 50!»
Irmã #3: «50? Isso não te compra um terço daqueles rascas pá. Estás a fazer-me perder tempo!»
Irmã #4: «Só tenho 50»
Irmã #3: «Esquece. Vou rezar para outra paróquia»
Irmã #4: «Eh pá, espera. Ok, ok. Toma lá 100... andava a poupá-los, para quando o Papa viesse a Portugal outra vez, mas da maneira como as coisas estão...»
Irmã #3: «Estás a fazer um bom investimento minha»
Madre Superiora: (a meter a cabeça na porta) «Vocês viram a Irmã Lúcia?»
Irmã #3: «Er... eu não»
Irmã #4: «Eu também não»
Madre Superiora: «Hum... como é que estão as probabilidades?»
Irmã #3: «3 para 10 como ela morre hoje. Quer meter mais 100?»
Madre Superiora: «Mais 100? Nem penses. Já penhorei um crucifixo e tudo. Nem penses»
Irmã #3: «E nada de mexer com o destino ouviu. Tem de haver honestidade!»
Madre Superiora: «Sempre».
(a Madre sai e vai à procura da Irmã Lúcia no bar do Convento)
Madre Superiora: «Honestidade... bah... era o que mais faltava... hoje é dia 13 e ela morre. Ou eu não me chame Maria das Dores do Coração Imaculado de Jesus em Chagas...»
(no Bar está tudo a olhar para a Irmã Lúcia. São 10h40)
Irmã Lúcia: (para a senhora do bar) «Tem...?»
Mulher do bar: «Sim. Sim. Bacon a eggs... já vai sair uma dose»
Irmã Lúcia: (ri-se a altas gargalhadas)
Mulher do bar: (a servi-la) «Olhe que um dia... tanto bacon &...»
Irmã Lúcia: «Bacon a eggs. AHAHAHAHAHAH!!»
Mulher do bar: «...vão dar-lhe um ataque cardíaco...»
A Irmã Lúcia senta-se numa mesa e come com a boca aberta. Está tudo a olhar para ela e a para os relógios.
Irmã #2: «Então Irmã Lúcia? Está a sentir-se bem? Olhe que hoje é dia 13!»
Irmã Lúcia: (com a boca cheia) «Sim, sim. Deixa-me comer pá. Ainda me engasgo»
Madra Superiora: (salta de repente em frente da Irmã Lúcia) «AH! AH! IRMÃ LÚCIA!»
A Irmã Lúcia engasga-se, começa a tossir. As irmãs olham todas umas paras as outras e pegam nos papelinhos das apostas.
Irmã Lúcia: «Madre... Madre... devia mostrar um bocadinho mais de respeito».
Madre Superiora: «Desculpe Irmã Lúcia, ando com o colesterol alto»
Irmã Lúcia: «Porra. Este bacon a modos que sabe mal. Que chatice. OUÇA LÁ SENHORA DO BAR!»
Mulher do bar: «ESTRAGADO! Em 20 anos nunca me disseram isto!»
Irmã Lúcia: «Quem é que viu a Nossa Senhora?»
Mulher do bar: «Er... foi a Irmã Lúcia»
Irmã Lúcia: «Quem é que ALÈM de ver a Nossa Senhora, falou com ela?»
Mulher do bar: (envergonhada) «Foi a Irmã Lúcia...»
Irmã Lúcia: «Ela deu-te mensagens a ti?»
Mulher do bar: «Não»
Irmã Lúcia: «Pois não. Por isso eu devo saber o que digo, não achas?»
Mulher do bar: «Sim Irmã Lúcia, desculpe. Eu trago outro»
Irmã Lúcia: «Deixa. Já perdi o apetite, vou para o ginásio»
12h00 A Irmã Lúcia vai para o ginásio do Convento fazer abdominais.
Padre-Trainner: «Vai! Vai! 1 e 2 e 1 e 2!»
A Irmã Lúcia dá no duro, enquanto a Madre olha de longe. Vendo uma oportunidade, ela desliga a segurança da máquina dos alteres, antes da Irmã Lúcia ir para lá. Mas a Irmã Lúcia muda de ideias. O padre-Trainner vai para a máquina e os alteres caiem em cima dele, esmagando-o.
A Irmã Lúcia vai rezar. A Madre segue-a e vai para o primeiro andar da capela. Com cuidado, rompe a corda que segura o grande candelabro de ferro. A corda parte-se e o monstro de metal dirige-se para a cabeça da Irmã Lúcia. Mas esta levanta-se e desvia-se mesmo a tempo.
São 16h. A Irmã Lúcia dirige-se para o jardim.
Madre Superiora: «Dá-me essa pá!»
Jardineiro: «Não! Não! Não faça isso!»
Madre Superiora: «Eu mato aquela cabra!»
Nesse preciso momnento, enquanto a Madre tenta arrancar a pá das mãos fortes e musculadas, embora de pele sedosa, do jardineiro, a Irmã Lúcia agarra-se ao peito e cai ao chão. Os dois ficam a olhar, petrificados.
Irmã #1: «A Irmã Lúcia...»
Irmã #2: «...está morta?»
Irmã #3: «Merda».
Segue-se uma grande festa. As irmãs estão todas aos saltos agarradas aos papéis das apostas. Os sinos dobram em alegria e abre-se Raposeira da boa no bar.
Não estou a dizer que a quisessem morta, mas para alguém que é um ícone religioso em vida, é complicado andar a passear sem mais nem menos, mesmo na clausura de um convento de Carmelitas.
Vamos revisitar o último dia da Irmã Lúcia neste mundo de pecadores.
Irmã #1: (abrindo a porta da cela) «A Irmã Lúcia está morta?»
Irmã Lúcia: «Bom dia para ti também pá»
Irmã #1: «Ai desculpe Irmã. Era só para ver se a Irmã está morta»
Irmã Lúcia: «Ainda não foi hoje. Até me estou a sentir bem disposta e tudo»
Irmã #2: «Então, a Irmã Lúcia está morta?»
Irmã #1: «Nope...»
Irmã #2: (a sussurrar) «Porra»
Irmã Lúcia: «Então o que é o pequeno almoço hoje? Há bacon & eggs?» (ri-se)
Irmã #2: «IRMÃ LÚCIA! AINDA BEM QUE ESTÁ VIVA!!!»
Irmã Lúcia: (a rir-se) «Bacon a eggs...»
Irmã #1: «Sim Irmã. Tem a sua piada. Bacon a Eggs... Sim senhor».
Irmã #2: «Há 50 anos que diz a mesma piada de manhá, já cansa».
(a Irmã Lúcia toma um duche, lava o cabelo com Head & Shoulders e sai para a missa da manhã)
Madre Superiora: «Onde está a Irmã Lúcia?»
Jardineiro: «Não sei. Ainda não a vi hoje»
Madre Superiora: (a cruzar os dedos) «É hoje. É hoje»
Jardineiro: «É hoje o quê?»
(numa cela na cave)
Irmã #3: «100. Pelo menos 100!»
Irmã #4: «100? Porra. Só tenho 50. Toma 50!»
Irmã #3: «50? Isso não te compra um terço daqueles rascas pá. Estás a fazer-me perder tempo!»
Irmã #4: «Só tenho 50»
Irmã #3: «Esquece. Vou rezar para outra paróquia»
Irmã #4: «Eh pá, espera. Ok, ok. Toma lá 100... andava a poupá-los, para quando o Papa viesse a Portugal outra vez, mas da maneira como as coisas estão...»
Irmã #3: «Estás a fazer um bom investimento minha»
Madre Superiora: (a meter a cabeça na porta) «Vocês viram a Irmã Lúcia?»
Irmã #3: «Er... eu não»
Irmã #4: «Eu também não»
Madre Superiora: «Hum... como é que estão as probabilidades?»
Irmã #3: «3 para 10 como ela morre hoje. Quer meter mais 100?»
Madre Superiora: «Mais 100? Nem penses. Já penhorei um crucifixo e tudo. Nem penses»
Irmã #3: «E nada de mexer com o destino ouviu. Tem de haver honestidade!»
Madre Superiora: «Sempre».
(a Madre sai e vai à procura da Irmã Lúcia no bar do Convento)
Madre Superiora: «Honestidade... bah... era o que mais faltava... hoje é dia 13 e ela morre. Ou eu não me chame Maria das Dores do Coração Imaculado de Jesus em Chagas...»
(no Bar está tudo a olhar para a Irmã Lúcia. São 10h40)
Irmã Lúcia: (para a senhora do bar) «Tem...?»
Mulher do bar: «Sim. Sim. Bacon a eggs... já vai sair uma dose»
Irmã Lúcia: (ri-se a altas gargalhadas)
Mulher do bar: (a servi-la) «Olhe que um dia... tanto bacon &...»
Irmã Lúcia: «Bacon a eggs. AHAHAHAHAHAH!!»
Mulher do bar: «...vão dar-lhe um ataque cardíaco...»
A Irmã Lúcia senta-se numa mesa e come com a boca aberta. Está tudo a olhar para ela e a para os relógios.
Irmã #2: «Então Irmã Lúcia? Está a sentir-se bem? Olhe que hoje é dia 13!»
Irmã Lúcia: (com a boca cheia) «Sim, sim. Deixa-me comer pá. Ainda me engasgo»
Madra Superiora: (salta de repente em frente da Irmã Lúcia) «AH! AH! IRMÃ LÚCIA!»
A Irmã Lúcia engasga-se, começa a tossir. As irmãs olham todas umas paras as outras e pegam nos papelinhos das apostas.
Irmã Lúcia: «Madre... Madre... devia mostrar um bocadinho mais de respeito».
Madre Superiora: «Desculpe Irmã Lúcia, ando com o colesterol alto»
Irmã Lúcia: «Porra. Este bacon a modos que sabe mal. Que chatice. OUÇA LÁ SENHORA DO BAR!»
Mulher do bar: «ESTRAGADO! Em 20 anos nunca me disseram isto!»
Irmã Lúcia: «Quem é que viu a Nossa Senhora?»
Mulher do bar: «Er... foi a Irmã Lúcia»
Irmã Lúcia: «Quem é que ALÈM de ver a Nossa Senhora, falou com ela?»
Mulher do bar: (envergonhada) «Foi a Irmã Lúcia...»
Irmã Lúcia: «Ela deu-te mensagens a ti?»
Mulher do bar: «Não»
Irmã Lúcia: «Pois não. Por isso eu devo saber o que digo, não achas?»
Mulher do bar: «Sim Irmã Lúcia, desculpe. Eu trago outro»
Irmã Lúcia: «Deixa. Já perdi o apetite, vou para o ginásio»
12h00 A Irmã Lúcia vai para o ginásio do Convento fazer abdominais.
Padre-Trainner: «Vai! Vai! 1 e 2 e 1 e 2!»
A Irmã Lúcia dá no duro, enquanto a Madre olha de longe. Vendo uma oportunidade, ela desliga a segurança da máquina dos alteres, antes da Irmã Lúcia ir para lá. Mas a Irmã Lúcia muda de ideias. O padre-Trainner vai para a máquina e os alteres caiem em cima dele, esmagando-o.
A Irmã Lúcia vai rezar. A Madre segue-a e vai para o primeiro andar da capela. Com cuidado, rompe a corda que segura o grande candelabro de ferro. A corda parte-se e o monstro de metal dirige-se para a cabeça da Irmã Lúcia. Mas esta levanta-se e desvia-se mesmo a tempo.
São 16h. A Irmã Lúcia dirige-se para o jardim.
Madre Superiora: «Dá-me essa pá!»
Jardineiro: «Não! Não! Não faça isso!»
Madre Superiora: «Eu mato aquela cabra!»
Nesse preciso momnento, enquanto a Madre tenta arrancar a pá das mãos fortes e musculadas, embora de pele sedosa, do jardineiro, a Irmã Lúcia agarra-se ao peito e cai ao chão. Os dois ficam a olhar, petrificados.
Irmã #1: «A Irmã Lúcia...»
Irmã #2: «...está morta?»
Irmã #3: «Merda».
Segue-se uma grande festa. As irmãs estão todas aos saltos agarradas aos papéis das apostas. Os sinos dobram em alegria e abre-se Raposeira da boa no bar.
Quem é bom nunca desaprende.
Quando se poderia pensar que Pedro Abrunhosa estava nas ruas da amargura, surge a noticia que este grande "cantor" vai estar na Feira do Fumeiro, em Vinhais, como estrela principal do sertão.
O Evento decorre no Recinto de Feiras e Exposições e tem ENTRADA GRATUITA.
É bom ver que ainda estás lá em cima Pedro.
domingo, fevereiro 13, 2005
Radio Head Waves
listen to the mp3
Fitter, happier
more productive
comfortable
not drinking too much
regular exercise at the gym (3 days a week)
getting on better with your associate employee contemporaries
at ease
eating well (no more microwave dinners and saturated fats)
a patient better driver
a safer car (baby smiling in back seat)
sleeping well (no bad dreams)
no paranoia
careful to all animals (never washing spiders down the plughole)
keep in contact with old friends (enjoy a drink now and then)
will frequently check credit at (moral) bank (hole in wall)
favours for favours
fond but not in love
charity standing orders
on sundays ring road supermarket
(no killing moths or putting boiling water on the ants)
car wash (also on sundays)
no longer afraid of the dark
or midday shadows
nothing so ridiculously teenage and desperate
nothing so childish
at a better pace
slower and more calculated
no chance of escape
now self-employed
concerned (but powerless)
an empowered and informed member of society (pragmatism not idealism)
will not cry in public
less chance of illness
tires that grip in the wet (shot of baby strapped in back seat)
a good memory
still cries at a good film
still kisses with saliva
no longer empty and frantic
like a cat
tied to a stick
that's driven into
frozen winter shit (the ability to laugh at weakness)
calm
fitter, healthier and more productive
a pig
in a cage
on antibiotics
buy the t-shirt
Fitter, happier
more productive
comfortable
not drinking too much
regular exercise at the gym (3 days a week)
getting on better with your associate employee contemporaries
at ease
eating well (no more microwave dinners and saturated fats)
a patient better driver
a safer car (baby smiling in back seat)
sleeping well (no bad dreams)
no paranoia
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keep in contact with old friends (enjoy a drink now and then)
will frequently check credit at (moral) bank (hole in wall)
favours for favours
fond but not in love
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(no killing moths or putting boiling water on the ants)
car wash (also on sundays)
no longer afraid of the dark
or midday shadows
nothing so ridiculously teenage and desperate
nothing so childish
at a better pace
slower and more calculated
no chance of escape
now self-employed
concerned (but powerless)
an empowered and informed member of society (pragmatism not idealism)
will not cry in public
less chance of illness
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a good memory
still cries at a good film
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no longer empty and frantic
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tied to a stick
that's driven into
frozen winter shit (the ability to laugh at weakness)
calm
fitter, healthier and more productive
a pig
in a cage
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terça-feira, fevereiro 08, 2005
Floresta em Fogo
.
Acorda.
pssst... acorda...
Não é um sonho.
Acorda.
A tua floresta está a arder. As tuas crias em perigo.
pssst... foge...
Acorda.
Madrugada azul na floresta em fogo.
O céu escondido por detrás da neblina sulfurina.
Chamas altas e o cheiro a ameaça enquanto esperas.
pssst... enquanto esperas, os outros passam por ti...
Deslumbramento de estar quieto, sem pensar.
O calor,
A morte,
A ameaça.
Quando vai chegar a tua hora de fugir?
pssst... acorda... acorda agora...
a tua floresta... a tua floresta, está a arder...
Acorda.
pssst... acorda...
Não é um sonho.
Acorda.
A tua floresta está a arder. As tuas crias em perigo.
pssst... foge...
Acorda.
Madrugada azul na floresta em fogo.
O céu escondido por detrás da neblina sulfurina.
Chamas altas e o cheiro a ameaça enquanto esperas.
pssst... enquanto esperas, os outros passam por ti...
Deslumbramento de estar quieto, sem pensar.
O calor,
A morte,
A ameaça.
Quando vai chegar a tua hora de fugir?
pssst... acorda... acorda agora...
a tua floresta... a tua floresta, está a arder...
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Bzzzzzt
.
Mosca na beira da tecla /
Mosca de patas de aranha.
Mosca de cabeça pronunciada.
Mosca que esfrega as patas negras.
Mosca. Mosca. Mosca.
Mosca na beira da tecla /
Mosca de patas de aranha.
Mosca de cabeça pronunciada.
Mosca que esfrega as patas negras.
Mosca. Mosca. Mosca.