terça-feira, dezembro 06, 2005
STOP - A Um Cadáver Beira de Estrada - STOP -
Não te conheci.
Corpo coberto de plástico.
Frio sem sexo, sem identidade.
Jazes morto incorrupto.
Choram-te morto insane.
A tua familia sem o saber.
Soube-o eu antes deles.
~ Jaz morto atropelado ~ SIM!
º Jaz tranquilo seco e frio *
JAZ JAZ JAZ
MORTO MORTO
JAZ JAZ JAZ
MORTO MORTO
SEM O SABER
JAZ JAZ JAZ
Os meus pêsames, morreu vergonhosamente.
Ia de fato atravessando passadeiras do ser.
Rapaz louro de outra altura,
olhava o horizonte,
ardia a aldeia na guerra.
Os meus pêsames, morreu de cansaço.
Corria sem olhar para os dois lados.
Sucumbiu ~ eléctrico ~ ao choque do coração alado.
JAZ MORTO
OLHA ALI!
JAZ MORTO
OLHA ALI!
Pobre cadáver-beira-de-estrada-constelação.
Lembrei-me de ti, cinco minutos de horror branco.
Ia eu para o comboio com medo de estarmos ainda vivos.
-
Ò Cadáver Beira de Estrada!
Perdoa-nos a insensibilidade de paragem de autocarro,
estás tu ai esticado sem respirar!
Ò Cadáver Beira de Estrada!
Ninguém quer saber como tudo aconteceu,
mas eu queria saber como tudo aconteceu!
Tragédia antes do pequeno-almoço. Impensável.
Não ias tu para o emprego. Não estavas tu a morrer lentamente, como vivias?
Porque foste agora-relâmpago,
cessar tudo,
acabar assim?
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