sábado, novembro 20, 2004

Nas margens do Rio-Vida



Somos nós,
estrelas da manhã,
presas nas margens frias
deste rio-vida.

Caídas de um céu,
que a existir,
seria outro céu,
outro pesadelo,
mais frio e sem vida.

Somos nós,
estrelas da tarde,
escondidas da vida,
fechadas entre margens,
quando tudo acontece.

Caídas de uma noite,
que a existir,
seria outra noite,
outra paz,
mais intensa e sincera.

Somos nós,
estrelas da noite,
sem vontade de ascensão,
vendo em deslumbramento,
a água que corre.

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