terça-feira, agosto 03, 2004

Neste mar outro deserto

Os braços de mar espraiam-se nos desertos de amanhã.
Naufrágios por acontecer nos pesadelos de marinheiros mortos.

Se agitares os braços, nos dias do tufão, a luta será desigual para os desalmados.
Enterraram-me fundo a espada de ponta cortada, rodada três vezes no esgar odioso do inimigo.

Agora morre solitário nas areias do deserto o barco do meu desespero.

Nome perdido para as monções.

Hélices trocadas por tâmaras e casco agredido por gritos de dromedários feridos.


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