terça-feira, agosto 17, 2004

Hoje é a última noite.

A última noite.

Um último olhar para a despedida.
Sem tempo para a emoção falsa.

Deixo um poema velho, orfão neste topo de mesa, para pagar a minha dívida.
Viro as costas e aconchego o casaco escuro.
Eu sei que está frio lá fora, mas tenho mesmo de ir.

Até qualquer dia.

«Uma folha de papel.
Uma mesa.
Uma luz fraca.
As costas direitas na cadeira.
Não sei o que escrever».

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