quarta-feira, junho 16, 2004
Uma lâmina e a minha vida
Perdoa-me a crueldade.
Porque eu não sou realmente cruel. São os teus olhos.
Perdoa-me enfim a falta de tudo, no nada de um virar de costas.
Eu sei este caminho de cor...
Vi estas casas pobres ao longe e fiquei mais cansado ainda.
Perdoa-me que venho de longe, ao menos por isso. Mostra a sinceridade possível, a compreensão piedosa.
Dá-me um caldo quente e uma colher enferrujada.
Deita-me os olhos raivosos que não discutem por conveniência.
Eu vou partir à noite e não vou regressar, não leves a mal a minha malvadez inocente.
Venho com as mãos vazias, descalço de intenções, são para que compreendas, não para que perdoes.
Irei com os olhos por terra de volta à minha casa.
Vim são para que visses o meu sofrimento na viagem. Estes passos enormes.
Pesa-me nas costas o nada e nas pernas o tudo.
Quando se pára, sente-se intensamente a dor do caminho percorrido.
Virei aqui as vezes que for preciso.
Não para que perdoes, mas para que vejas.
Porque eu não sou realmente cruel. São os teus olhos.
Perdoa-me enfim a falta de tudo, no nada de um virar de costas.
Eu sei este caminho de cor...
Vi estas casas pobres ao longe e fiquei mais cansado ainda.
Perdoa-me que venho de longe, ao menos por isso. Mostra a sinceridade possível, a compreensão piedosa.
Dá-me um caldo quente e uma colher enferrujada.
Deita-me os olhos raivosos que não discutem por conveniência.
Eu vou partir à noite e não vou regressar, não leves a mal a minha malvadez inocente.
Venho com as mãos vazias, descalço de intenções, são para que compreendas, não para que perdoes.
Irei com os olhos por terra de volta à minha casa.
Vim são para que visses o meu sofrimento na viagem. Estes passos enormes.
Pesa-me nas costas o nada e nas pernas o tudo.
Quando se pára, sente-se intensamente a dor do caminho percorrido.
Virei aqui as vezes que for preciso.
Não para que perdoes, mas para que vejas.
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