segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Quem te viu sem te conhecer?

Por onde andas abandonada?
Quem te viu sem te conhecer?
Cada vez que falo contigo, parece que és deliberadamente frágil e isso honra-me.
Falamos poucas vezes, mas sabes que te conheço, como conheço quem conheço, pelas fragilidades.
Não sei explicar... Se há quem procure a força no outro, para se sentir mais forte, eu procuro a fraqueza, para compreender melhor. É que sabes, pela fraqueza se descobre um universo de coisas. Coisas que a força nunca diz. Palavras pequenas saem num rumor de vento, olhos que te olham.

Andes por onde andares.
Tens familia aqui.
Eu sou tua familia também.

Sinto a dor na tua voz. Sei que és forte, mas isso não preciso que me mostres.
Quando falas e estás comigo, não tens de ter medo de mostrar a tua fragilidade.
Eu conheço-te sabes. Mesmo não estando contigo há tanto tempo.
Quando falas lembro-me... por onde andaste e os olhos que te olharam sem ter ver.
Quantos te viram sem te amar?
Quantas pessoas te viram passar, sem que nada fosses para elas?

Passa sempre uma eternidade. Uma geração.
Mas nada muda, quando nos vemos.

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