terça-feira, fevereiro 10, 2004

Aguarda o teu fim a meu lado

Aguarda o teu fim a meu lado.
Nesta beira de mar não se envelhece.
O breve dia é algures para alguém a nossa breve vida.
Somos animais livres que vagueiam pela planície deserta.
Peregrinamos sem o saber de uma fonte para outra.
Gastamos os cascos nas tribulações da viagem.
Evitamos os predadores.
Protegemos os nossos.

Fica quieta agora, que vem ai a tempestade longínqua.
Quietos evitamos que nos vejam.
Talvez, por sorte, nos ignorem a desdita e o destino.
Cala-te.
Fica quieta.

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