quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Acariciando a tua face

Acariciando a tua face.
Deitado na tua cama, depois do amor.
Acariciando a tua face dormente,
as tuas feições antigas, olhando-te nos olhos - eternidade.

És bela na minha memória de ti.
Deitada, nua, suave.
As minhas mãos passando pelos teus flancos,
aproveitando o teu cansaço.
As minhas mãos pelo teu estômago,
as minhas mãos pelo teu pescoço até aos dedos nos lábios.

Sempre. Eternamente.
Os meus dedos são todos os meus sentidos quando estou deitado ao lado de ti,
sentindo as formas delicadas da tua feição antiga.
Lembrando-me sem me lembrar de onde vieste. Cleópatra e Jezebel no teu sangue.
E os teus olhos, de um azul sem fim... não consegues zangar-te.

Faz sol lá fora,
nós deitados sem forças na nossa cama branca
desejamos que não haja manhã ou sequer outro dia.
Nada a não ser os teus olhos,
as tuas formas,
o cheiro violento e ocre a desejo.

Acariciando a tua face.
O tempo pára quando nos olhamos.
Tudo faz sentido quando me lembro de ti.

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