sábado, janeiro 30, 2010
sexta-feira, janeiro 29, 2010
quarta-feira, janeiro 27, 2010
pior que morrer é ser infeliz
há dramas imensos em
quem está vivo
e nenhum drama com os
mortos
há que ter piedade e pena
por aqueles que vivem
e que sofrem
sinto que estou sempre no trabalho.
a rotina tornou-se insuportável
porque a sinto
e não há nada que possa fazer
senão ignorar esta sensação
de não conseguir alhear-me
terça-feira, janeiro 19, 2010
querer matar-se
não é ser fraco
não é nada
porque tudo é absurdo
querer matar-se
é como não se querer matar
porque desejar
a morte é o mesmo
que desejar outra
coisa qualquer
a minha resposta:
uma grande vontade de silêncio :)
segunda-feira, janeiro 18, 2010
sinto-me tão sozinho
que se torna demasiado
doloroso aceitar este pensamento
e eu ignoro-o, como quem
ignora a morte alheia por
necessidade
absurda de ter de continuar
sexta-feira, janeiro 15, 2010
terça-feira, janeiro 12, 2010
Chove lá fora.
Quantos poetas não olham
agora pelas janelas embaciadas
e se inspiram magicamente
pela água que cai impiedosamente.
Mas a minha poesia simples
supera qualquer uma que eles
possam escrever, porque a
minha poesia libertou-se da
necessidade de escrever sobre
a chuva que cai lá fora.
Quantos poetas não olham
agora pelas janelas embaciadas
e se inspiram magicamente
pela água que cai impiedosamente.
Mas a minha poesia simples
supera qualquer uma que eles
possam escrever, porque a
minha poesia libertou-se da
necessidade de escrever sobre
a chuva que cai lá fora.
sexta-feira, janeiro 08, 2010
o gato na janela
dá o flanco subtil
à luz que cai para
depois do horizonte
e a sua cauda quieta
suspira mais paz
na falta de movimento
do que todas as
palavras humanas
dá o flanco subtil
à luz que cai para
depois do horizonte
e a sua cauda quieta
suspira mais paz
na falta de movimento
do que todas as
palavras humanas